RESUMO: Carlos Fragoso Filho afirma que o Concílio Vaticano II, mesmo com suas transformações de avanço para a Igreja, deixou a Igreja-local de Belo Horizonte num “estado de perplexidade que paralisou, em parte, o vigor de sua ação pastoral”. Diante disso, procuro entender esse posicionamento do autor, através de uma pesquisa histórica, bibliográfica e por meio de documentos da época, tomando como referência a ação do primeiro (arce)bispo D. Antônio dos Santos Cabral e a ação pastoral do Arcebispo D. João Resende Costa no período pré-Vaticano II. Segundo fontes primárias, antes do Concílio, Belo Horizonte se desenvolvia pastoralmente. Primeiro com Dom Cabral e, posteriormente, com Dom João Resende Costa, que empenharam na formação litúrgica e bíblica dos leigos, onde passaram a ter participação ativa e consciente. Na “reciclagem” do clero, dando uma boa formação, esta tinha uma metodologia que era questionada, por ser “avançada”, em consequência disso, o clero de Belo Horizonte, foi mais receptivo às mudanças posteriores. Além do exemplo do clero e dos leigos, Belo Horizonte surpreende pelos seus meios de comunicação de massa, onde esses meios são usados a favor da Igreja e não contra ela. Primeiramente, com o “O Horizonte” e mais tarde, com o “O Diário”. Dom Cabral verá no Vaticano II aquilo que ele iniciou e desejava para a Igreja.
O texto se encontra na página 1327 até 1334
Link do arquivo:
http://www.soter.org.br/documentos/documento-XCYUVB4bPzFdjibm.pdf