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terça-feira, 13 de agosto de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
A Arquidiocese de Belo Horizonte e o seu protagonismo leigo pré Concílio Vaticano II
Resumo
Através deste artigo, procuro entender o posicionamento do autor Carlos Fragoso Filho, o qual afirma que o Concílio Vaticano II, mesmo com suas transformações de avanço para a Igreja, deixou a Igreja-local de Belo Horizonte num “estado de perplexidade que paralisou em parte, o vigor de sua ação pastoral”. Diante disso, procuro entender essa afirmação do autor, através de uma pesquisa histórica, bibliográfica e por meio de documentos da época, tomando como referência a ação do primeiro (arce)bispo D. Antônio dos Santos Cabral e a ação pastoral do Arcebispo D. João Resende Costa no período pré-Vaticano II. Tomo como referência, fundamentalmente, os Jornais: O Horizonte (1923-1934) e O Diário (1935-1972), a tese de doutorado de José Henrique Cristiano Matos, Um estudo histórico sobre o catolicismo militante em Minas, entre 1922 e 1936 e a obra de João Camillo de Oliveira Torres, A Igreja de Deus em Belo Horizonte, descrevendo a história da Arquidiocese, em comemoração aos 50 anos de sua criação.
Segue o link com o arquivo em pdf (visualização online, podendo ser baixado).
Meu texto está na página 455.
La teología de la liberación en prospectiva
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Rhaner e Hick e alguns dos seus paradigmas a respeito do Ecumenismo
1
Paradigmas Cristológicos
1.1 Inclusivista
Nessa teoria “as diversas religiões da humanidade são
portadoras de valores soteriológicos positivos para os seus membros, pois nelas
e através delas manifesta-se a presença operativa de Jesus Cristo e seu
mistério salvífico”
Karl
Rhaner – Teologia da “presença de Cristo nas religiões”
Para Rhaner:
- A Revelação de Deus encontra-se presente e ativa na história da humanidade [incluindo a história das religiões];
- Jesus é a mais sublime, absoluta e irrevogável auto comunicação de Deus ao homem, como o seu vértice escatologicamente vitorioso, e o cristianismo e a Igreja como portadores da memória desta auto comunicação divina;
- A operante presença mistérica de Jesus Cristo está nas diversas religiões;
- Cria a definição de Cristianismo Anônimo: desdobramento de sua perspectiva inclusivista e cristocêntrica.
1.2 Pluralista
O cristianismo não é o único meio de salvação, sendo que,
outras religiões também são legítimas portadoras de salvação. O meio de
salvação não é Cristo, mas a compreensão de Deus (simplesmente).
John
Hick e a centralidade do Real
Para Hick:
· A encarnação divina de Jesus é metafórica e não
literal, sendo apenas um ser humano aberto às influências de Deus e que soube
realizar o propósito divino para a vida humana;
·
Filho de Deus significa “servo especial de
Deus”;
·
Deus Filho não significa Filho de Deus;
·
A crença cristã da encarnação é uma linguagem
mítica;
·
Jesus Cristo deixa de ser constitutivo e
normativo da salvação;
·
É arbitrário e irrealista pensar em Cristo como
única e exclusiva fonte de salvação;
·
O amor de Deus não se esgota em Jesus.
2 Comparação
do pensamento dos dois teólogos.
Apesar de Hick limitar Jesus como um ser humano
que realizou os propósitos de Deus, esse pensamento se aproxima de Rahner,
quando ele coloca o ser humano como auto comunicação de Deus [de modo
ontológico].
3 Reflexão
Rahner é feliz nas suas afirmações, pois,
não nega a importância de Cristo, mantendo sua identidade cristã, porém,
reconhece a presença universal da graça à liberdade, a qual conduz a caminhos
dinâmicos de salvação. Reconhecendo nas outras religiões, cristãs e não-cristãs
destacando seus valores positivos.
John Hick é equivocado quanto a sua
identidade cristã ao separar Cristo de Deus, portanto, um herege, ao fazer
reflexões sobre Jesus que foram superadas nos primórdios do Cristianismo.
Porém, é correto ao afirmar que o cristianismo não é o único e exclusivo meio
de salvação. Partindo disso, penso que, mesmo uma religião que não professa uma
fé trinitária, mas acredita em Deus, assume o próprio Cristo como salvador
(implicitamente), pois, Jesus Cristo é o Deus Filho que não pode ser separado
do Pai.
domingo, 12 de maio de 2013
Breve comentário sobre o Concílio Niceno II
Após as controvérsias cristológicas e
trinitárias superadas pelos concílios anteriores, o concílio Niceno II, surge
pra resolver as questões iconoclastas, levantadas por Constantino V que não
aceitava as representações do divino. Irene, atuando como imperatriz regente,
no lugar de seu filho que ainda era criança, convoca o concílio com o intuito
de por um fim na heresia iconoclasta. Nesse concílio é reafirmado o culto as
imagens, como forma de veneração aos santos representados por eles, distinguindo
claramente do culto de adoração, que é somente a Deus.
Porém, depois de Irene, a iconoclastia
volta com vigor, através do imperador Leão V, rejeitando o Concílio Niceno II.
Com a morte de Leão, a esposa do imperador Teófilo, através de um sínodo fecha
as questões a respeito das imagens, legitimando o culto.
Breve comentário sobre o Quarto Concílio de Constantinopla ou “Quinisexto”
Justiniano, preocupado com o aspecto
prático e doutrinário da Igreja, vê nos dois concílios anteriores apenas a
questão doutrinária. E temendo um avanço político da Igreja, perdendo o caráter
que ela devia ter, junto com o Patriarca de Constantinopla Paulo III,
convocaram um concílio disciplinar. Porém, as questões práticas apenas
completavam as deliberações do quinto e sexto concílios ecumênicos, daí o nome
“Quinisexto”.
Atrás das boas intenções de Justiniano,
estava o desejo de decodificar o direito da Igreja como o fez no romano. E a
Igreja romana, não aceitava a idéia de uma decisão ser tomada sem aviso prévio.
Além disso, fica descontente, pois os
cânones eram contrários à Roma, condenando algumas práticas ocidentais, como o
celibato e jejum aos sábados da Quaresma. Nisso, percebe-se o que Justiniano
não o viu, as duas Igrejas já se encontravam distantes, com autonomia e
identidades próprias.
Breve comentário sobre o Concílio Constantinopolitano II
Após o Concílio de Calcedônia, houve
tensões entre Roma e Constantinopla, destacando-se a questão dos Três
Capítulos, que consistia na preposição anematizando Teodoro de Mopsuéstia e
seus escritos; todas as obras de Teodoreto de Ciro e as cartas de Iba de Edessa
a “Mari”. E saber se eles eram ou não ortodoxos, já que suas obras eram “não
calcedonianas”.
O Imperador Justino, com a pretensão de
encorajar a ortodoxia, e aceitar as decisões do Concílio de Calcedônia, que não
foram aceitas pelos três “não calcedonianos”, cogita a assinatura dos Três
Capítulos e pressiona o Papa Vigílio, já que este se recusava a assinar o
texto.
Diante dessa tensão foi convocado um
concílio, o Constantinopolitano II, e o Papa Vigílio se encontrava numa
situação difícil, pois queria participar do concílio, porém queria evitar um
confronto direto com Justiniano, além de que os bispos ocidentais não o
perdoariam caso participasse de um concílio que ele havia renegado. O concílio
tratava do monofisismo e do origenismo.
Justiniano colocou Pelágio no poder papal, mas sob a
condição de que aceitasse as decisões do concílio, já que era contrário a essas
idéias. Com isso, Justiniano conseguiu diminuir a oposição na Itália. Mas, não
conseguiu resolver a questão monofisista, que não aceitaram suas decisões. E
mesmo, promulgando um decreto que aceitava moderadamente os monofisistas, teve
um fracasso.
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