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Paradigmas Cristológicos
1.1 Inclusivista
Nessa teoria “as diversas religiões da humanidade são
portadoras de valores soteriológicos positivos para os seus membros, pois nelas
e através delas manifesta-se a presença operativa de Jesus Cristo e seu
mistério salvífico”
Karl
Rhaner – Teologia da “presença de Cristo nas religiões”
Para Rhaner:
- A Revelação de Deus encontra-se presente e ativa na história da humanidade [incluindo a história das religiões];
- Jesus é a mais sublime, absoluta e irrevogável auto comunicação de Deus ao homem, como o seu vértice escatologicamente vitorioso, e o cristianismo e a Igreja como portadores da memória desta auto comunicação divina;
- A operante presença mistérica de Jesus Cristo está nas diversas religiões;
- Cria a definição de Cristianismo Anônimo: desdobramento de sua perspectiva inclusivista e cristocêntrica.
1.2 Pluralista
O cristianismo não é o único meio de salvação, sendo que,
outras religiões também são legítimas portadoras de salvação. O meio de
salvação não é Cristo, mas a compreensão de Deus (simplesmente).
John
Hick e a centralidade do Real
Para Hick:
· A encarnação divina de Jesus é metafórica e não
literal, sendo apenas um ser humano aberto às influências de Deus e que soube
realizar o propósito divino para a vida humana;
·
Filho de Deus significa “servo especial de
Deus”;
·
Deus Filho não significa Filho de Deus;
·
A crença cristã da encarnação é uma linguagem
mítica;
·
Jesus Cristo deixa de ser constitutivo e
normativo da salvação;
·
É arbitrário e irrealista pensar em Cristo como
única e exclusiva fonte de salvação;
·
O amor de Deus não se esgota em Jesus.
2 Comparação
do pensamento dos dois teólogos.
Apesar de Hick limitar Jesus como um ser humano
que realizou os propósitos de Deus, esse pensamento se aproxima de Rahner,
quando ele coloca o ser humano como auto comunicação de Deus [de modo
ontológico].
3 Reflexão
Rahner é feliz nas suas afirmações, pois,
não nega a importância de Cristo, mantendo sua identidade cristã, porém,
reconhece a presença universal da graça à liberdade, a qual conduz a caminhos
dinâmicos de salvação. Reconhecendo nas outras religiões, cristãs e não-cristãs
destacando seus valores positivos.
John Hick é equivocado quanto a sua
identidade cristã ao separar Cristo de Deus, portanto, um herege, ao fazer
reflexões sobre Jesus que foram superadas nos primórdios do Cristianismo.
Porém, é correto ao afirmar que o cristianismo não é o único e exclusivo meio
de salvação. Partindo disso, penso que, mesmo uma religião que não professa uma
fé trinitária, mas acredita em Deus, assume o próprio Cristo como salvador
(implicitamente), pois, Jesus Cristo é o Deus Filho que não pode ser separado
do Pai.
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