segunda-feira, 13 de maio de 2013

Rhaner e Hick e alguns dos seus paradigmas a respeito do Ecumenismo


1 Paradigmas Cristológicos
1.1  Inclusivista
Nessa teoria “as diversas religiões da humanidade são portadoras de valores soteriológicos positivos para os seus membros, pois nelas e através delas manifesta-se a presença operativa de Jesus Cristo e seu mistério salvífico”
Karl Rhaner – Teologia da “presença de Cristo nas religiões”
Para Rhaner:
  • A Revelação de Deus encontra-se presente e ativa na história da humanidade [incluindo a história das religiões];
  • Jesus é a mais sublime, absoluta e irrevogável auto comunicação de Deus ao homem, como o seu vértice escatologicamente vitorioso, e o cristianismo e a Igreja como portadores da memória desta auto comunicação divina;
  • A operante presença mistérica de Jesus Cristo está nas diversas religiões;
  • Cria a definição de Cristianismo Anônimo: desdobramento de sua perspectiva inclusivista e cristocêntrica.

1.2  Pluralista
O cristianismo não é o único meio de salvação, sendo que, outras religiões também são legítimas portadoras de salvação. O meio de salvação não é Cristo, mas a compreensão de Deus (simplesmente).
John Hick e a centralidade do Real
Para Hick:
·    A encarnação divina de Jesus é metafórica e não literal, sendo apenas um ser humano aberto às influências de Deus e que soube realizar o propósito divino para a vida humana;
·        Filho de Deus significa “servo especial de Deus”;
·        Deus Filho não significa Filho de Deus;
·        A crença cristã da encarnação é uma linguagem mítica;
·        Jesus Cristo deixa de ser constitutivo e normativo da salvação;
·        É arbitrário e irrealista pensar em Cristo como única e exclusiva fonte de salvação;
·        O amor de Deus não se esgota em Jesus.


2 Comparação do pensamento dos dois teólogos.
  Apesar de Hick limitar Jesus como um ser humano que realizou os propósitos de Deus, esse pensamento se aproxima de Rahner, quando ele coloca o ser humano como auto comunicação de Deus [de modo ontológico].

3 Reflexão
Rahner é feliz nas suas afirmações, pois, não nega a importância de Cristo, mantendo sua identidade cristã, porém, reconhece a presença universal da graça à liberdade, a qual conduz a caminhos dinâmicos de salvação. Reconhecendo nas outras religiões, cristãs e não-cristãs destacando seus valores positivos.
John Hick é equivocado quanto a sua identidade cristã ao separar Cristo de Deus, portanto, um herege, ao fazer reflexões sobre Jesus que foram superadas nos primórdios do Cristianismo. Porém, é correto ao afirmar que o cristianismo não é o único e exclusivo meio de salvação. Partindo disso, penso que, mesmo uma religião que não professa uma fé trinitária, mas acredita em Deus, assume o próprio Cristo como salvador (implicitamente), pois, Jesus Cristo é o Deus Filho que não pode ser separado do Pai. 

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